Planos iniciam a viagem mental, quando a propriamente dita começa eles perdem pra desafiadora realidade. Eu não fiz 1 monte de passeios q gostaria mas fui a lugares impensados, mudo meus objetivos a todo momento e tô achando muito bom. Hoje, 02/05, eu e minha mala vermelha completamos 1 mês de intenso relacionamento q tem feito de mim 1 mulher mais forte, no sentido musculoso da palavra. O epíteto “mala” é perfeito pra quem tem mais q sair fora do nosso caminho, carregar mala é 1 saco!
Nesse lago programei vários passeios a lindos lugarejos, mas só fui a 4. Por mais distinto q o povo do norte da Itália se sinta em relação ao do sul, pra mim as semelhanças são mais marcantes do q as diferenças. Uma coisa q eu aprendi é q horário de onibus e traghetto depende do humor do condutor, já pastei horas em Sant’Agata sui Due Golfi depois de 1 almoço magnífico, esperando o próximo onibus pra Sorrento porque eu cheguei no ponto antes da hora marcada mas o motorista tinha ido embora e como era domingo havia menos carros na rota.
No Lago d’Iseo os horários são meticulosamente organizados num demonstrativo complicadíssimo, discriminado conforme os dias da semana e do mês (feriale, feriale scolastico, festivo, domenica), mas por algum motivo insondável não é bem assim q funciona, a moça da bilheteria praticamente se negou a me vender o bilhete válido por 1 dia pq era desnecessário, não tinha quase nada em operação. Pode isso? Fiz 200 baldeações e por pouco não perdi o barco em Peschiera pq, óbvio, o comandante decidiu q era melhor partir as 14:26 (tô sem crase!) do q as 14:38. No dia seguinte, véspera do feriado, a confusão foi estratosférica, os “marinaios” estavam nervosos, operando c/mais de 20 min de atraso numa data em q toda a Itália resolveu passear no lago.
Muitos estranham minhas longas viagens solitárias, provavelmente nunca estiveram por aqui. No Lago d’Iseo temos turistas alemães, holandeses, austríacos, dos balcãs, orientais, alguns poucos americanos. Mas o q tem mesmo é italiano. E italiano não viaja só, vem c/a família, pai, mãe, os 3 ou 4 filhos, vo, vó, as tias viúvas e os agregados. E os cachorros. No percurso do guichê até o acesso ao barco há vários cartazes c/as proibições a bordo e 1 delas é cão sem focinheira. Os cães estrangeiros cumprem as regras, os locais, nem tanto. Alguns são invocados, latem e rosnam entre si, os donos tentam acalmá-los, todo mundo dá palpite. A italianada não consegue ficar calada 1 só momento durante a travessia de 30 mim num battello apinhado de gente. As vezes cansa, mas é divertidíssimo!
Pra quem quiser mais fotos c/legendas:
O que mais gosto nos textos são os adjetivos: magníficos, estratosférico, e outos tantos, sempre exagerada essa minha prima… aproveite !
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E olha q qdo eu releio elimino uma penca de adjetivos … Dizem os doutos q não e elegante adjetivar … Mas eu não consigo!
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