E eu q nos achava tão originais …

Hoje almoçamos no Laurentina 1 bacalhau dos deuses c/batatas no murro, couves e bolinhos crocantes de alheiras, regados c/vinho e azeite da casa. Maravilha!

Meu filho começou o assunto, não se sentia na Europa, era como se estivéssemos no Degrau, no Alvaro’s ou no Guimas. Discorremos sobre os países da América do Sul onde já estivemos, aquela gente orgulhosa das próprias origens a despeito do idioma espanhol, suas feições indígenas e até mesmo orientais; as inabaláveis fundações incas onde os jesuítas sobrepuseram seus templos esfacelados pelos terremotos, a cultura do milho, a santa ceia do jesus diante do cuy assado e por aí vai. Os indianos q pouco introjetaram da cultura inglesa; Os americanos q tentam, inutilmente, ser tão nobres quanto seus colonizadores; E os australianos? Os canadenses? Os africanos do sul? Quem incorporou a cultura de seus algozes tão profundamente como nós, brasileiros?

Caminhando por Lisboa nos percebemos portugueses como eles. Nós melhoramos um bocado a etnia, índios e negros bronzearam suas peles, enrijeceram suas carnes, aumentaram seus tamanhos e deram ao olhar 1 brilho inédito. Mais belos, porém, os mesmos! Fruto de uma colonização perversa q sugou nossa riqueza transformando ouro e pau-brasil em bibliotecas joaninas espalhadas por essa Santa Catarina do velho continente. Mas há q respeitá-los, Portugal é o país c/as fronteiras mais antigas da Europa, são pioneiros navegadores, construíram o primeiro império global da história e sedia a mais antiga livraria do mundo, a Bertrand.  Por seus feitos os portugueses têm mais q encarar c/generosidade e otimismo as suas crias de mundo afora, q como nós, seguem por Lisboa flamejando manuelinamente!