França · Paris

Passagem meteórica por Paris

Estou aqui desde terça, hoje é sexta, domingo parto pra Veneza mas já to c/saudades. Pq só 5 dias em Paris? eu estava viajando qdo programei essa sandice, tenho 1 lista imensa de lugares q quero conhecer e apenas um dia e meio. Desta vez fiquei num hotel próximo à Champs-Élysées por indicação de 1 amigo q reprovou minha opção pelo apart-hotel na Bastille. Como nunca me hospedei por aqui tudo é novidade, a noite é movimentada, bares e restaurantes a todo vapor, gente de todas as procedências circulando sem parar. Uma Manhantan menos vertical, exalando tradição.

Mal cheguei peguei o metro e fui direto pra estação Saint-Paul matar as saudades, tomar sol na Place des Vosges (sim, o clima está magnifico), ver a mostra sobre Guernica no Picasso, xeretar o Halle des Blancs Manteaux, comer e beber no Les Philosophes, andar a esmo naquela delícia de lugar, mas faltou a minha amada Ile Saint-Louis, antes de partir tenho q ir lá.

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Auguste Rodin – 3 sombras

Noutro dia fui procurar 1 loja na Avenue Matignon e me encantei com a profusão de galerias de arte. Numa delas, em frente à embaixada de Israel, 1 tela mostrava 1 mulher vestida c/niqab onde parte levantada expunha espartilho, cinta-liga e meia de nylon. Eu vi algo semelhante há alguns anos, mas numa freira, ou seja, a opressão é atemporal, as vestes seculares encobrindo um erotismo banal. Eu não pude fazer fotos, bati perna por lá durante horas, minha agenda foi pro espaço.

Hoje conheci o Musee Maillol e estive no Rodin … ah se eu morasse aqui seria ao lado desse museu, pra incluir a porta do inferno na minha rotina, lembrar q a vida vale super a pena.

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Aristide Maillol

Outro dia fui a Batignolles, longíssimo, pra checar a mostra virtual Klimt/Hundertwasser no Atelier des Lumières. Um balcão imenso, som e imagem de excelente qualidade (eu filmei mas não posso postar aqui), projeções em todas as paredes, pisos e pilares acompanhando o ritmo musical e se metamorfoseando. Nos sentimos integrados à obra de arte, perde-se o senso de realidade, piso, parede, teto, gente, escada, volumes, tudo se mescla com o som e a imagem. Lisérgico!

E como nada é 100% bacana o tempo todo, encarei um jazzinho medíocre num tal de “Le Baiser Salé”, lá pro lado do Les Halles. Mas tudo bem, antes de voltar pra casa dei 1 conferida na Tour Saint-Jacques e no Hotel de Ville, a noite estava linda, num instante eu esqueci da chatura.

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